sexta-feira, 23 de julho de 2010

A obesidade nos bebes.

Diversas pesquisas e estudos apontam que a obesidade é a mais comum e mais antiga doença metabólica da história. Em várias partes do mundo, sobretudo nos países mais ricos ou em ascensão econômica, o problema é considerado como de saúde pública. Caso dos Estados Unidos, reconhecidamente um país onde existem muitos obesos, e também do Brasil. Recentemente, o Ministério da Saúde do Brasil revelou em pesquisa que quase 50% dos brasileiros estão acima do peso.

Muitas vezes o problema começa antes mesmo do nascimento. Grávidas obesas contribuem para o aumento da gordura corporal em recém-nascidos, que futuramente podem se tornar adultos obesos.

A relação mãe obesa - bebê obeso foi constatada em um novo e recente estudo que, pela primeira vez, encontrou indícios de como os americanos estão ganhando mais gordura corporal, assim como seus bebês. A pesquisa da Children's Mercy Hospitals and Clinics foi apresentada na reunião anual das Sociedades Acadêmicas de Pediatria, em maio deste ano.

De acordo com o estudo, o índice de massa corporal de mães grávidas aumentou a partir dos anos 90 até 2005. Os pesquisadores fizeram uma medida da composição de gordura corporal em recém-nascidos, conhecida como índice ponderal, que é a medida do índice de massa corpórea do recém-nascido. Ou seja, um maior índice ponderal em recém-nascidos significa que o corpo da criança pode ser composto de mais gordura.

O que importa neste estudo é que as doenças de adultos podem se originar desde o período fetal. Em especial, a obesidade ainda pode contribuir tanto nas complicações durante a gravidez quanto definir um corpo obeso para a criança. Por isso, uma das iniciativas mais importantes que as mães podem fazer para evitar tais problemas é a amamentação, que auxilia também na diminuição do sobrepeso na fase adulta.

Um bom indicativo é prestar atenção quando o recém-nascido ganha peso rapidamente durante a primeira semana de vida. Este fator mostra que pode haver propensão de a criança se tornar obesa quando adulta. Os pesquisadores dizem ter descoberto que, para cada 100 gramas de peso ganho na primeira semana, o risco de obesidade na vida adulta aumenta em 10%.

Isto não significa que ganhar peso saudavelmente não seja desejável. Não há uma recomendação específica sobre o nível ideal de peso para os recém-nascidos, mas é importante saber que somente amamentar nos primeiros meses pode diminuir o risco de obesidade a partir da infância.

Mais adiante, crianças e adolescentes devem ser orientados com bons hábitos alimentares. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pediatria, a obesidade infantil atinge cerca de 10% das crianças brasileiras. Para esta fase da vida (infância e adolescência), dois importantes aliados no combate à obesidade são a educação alimentar e o incentivo ao esporte e às atividades que desestimulem o sedentarismo.

Embora a genética possa contribuir, vale lembrar que os pais têm papel fundamental em todas estas ações no combate à obesidade. Fica evidente que, da fase intra-uterina à adolescência, o exemplo e as atitudes dos pais podem ajudar no processo saudável de seus filhos para a vida toda.

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